Está é uma das provas que as Leis de Deus, são cumpridas a preceito desde sempre pelo Clero, no Catolicismo, Cristianismo ou como lhe quiserem chamar.
Se Deus disse: Deixai vir a mim as criancinhas, este representante Dele, limitou-se a fazer com que houvessem bastante criancinhas para irem junto do seu Chefe Supremo.
Abaixo transcrevo algo que, pese embora o caricato, acima de tudo mostra como era feita a justiça naquele tempo, (digamos que não difere muito da actual), só mudam os séculos e que, penso levará alguns leitores a concordarem comigo.
Acrescento como curiosidade que, em pleno Século XXI os Padres e mais membros da Igreja Católica, deveriam ser Homens como quaisquer outros, livres de regras feitas hipócritamente e por gente despojada de um pouco de senso.
Ser Padre para mim deverá ser uma profissão como qualquer outra, remunerada e com as devidas contribuições ao estado, como todos os que trabalham estão obrigados a pagar.
Já é tempo de se acabar com tanto cinismo e pouca vergonha que a cada passo se vê retratada em jornais e outros meios de comunicação.
Em nome de Deus, façam o favor de serem mais honestos e coerentes. Como por exemplo apelando a uma atitude correcta.
O texto abaixo e o recordar de milhares de seres humanos que sofreram com a Inquisição, são mais do que suficientes, ja para não enumerar muitas mais razões (até à actualidade) que, poderiam ferir susceptibilidades.
No entanto e usando o Direito Democrático que me assiste, não podia silenciar-me ao ler tamanha "heresia" (eu preferia chamar-lhe de canalhice mas) ... este é um blogue de Paz e de Bons Costumes.
SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO
(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
( Nota pessoal de minha autoria: Uma coisa ele cumpria, preservava o direito ao nascimento, logo condenava a famosa Lei do Aborto, ainda hoje tão contestada pela Igreja)
- agora a parte mais interessante -
"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".
** Mais palavras para quê, foi um Rei Português... pelo que vejo com um pensamento democrático e de cariz sexual muito à frente.
PS: A História de um País também contém cenas que nos tiram do sério e até nos fazem rir. Esta será uma, das muitas mais que desconhecemos.
®M.Cabral
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