sexta-feira, 12 de março de 2010

ATAQUES DE PÂNICO AFECTAM CERCA DE 280 MIL PESSOAS EM PORTUGAL.



Parece algo muito simples mas, a realidade é de uma complexidade e causa um sofrimento tal, que só e apenas quem passa por uma situação destas pode “atestar” o alto grau desse problema que, afinal se torna numa doença. Eu sei do que escrevo, porque infelizmente o faço na 1ª pessoa.

Tentar explicar o que é um ataque de pânico, só faz sentido para quem nunca tenha passado por um. É daquelas coisas que só tomamos conhecimento vivenciando.

Para uma tentativa de explicar digamos que:

Imagine que se sente ansiosa(o) muito mesmo, à beira do descontrolo ou completamente sem controlo algum. O coração bate descompassadamente, acelerando mais e mais, que parece que chega aos 1000 à hora, o peito aperta, o ar não entra, as tonturas são cada vez mais fortes. O estômago embrulha-se, causando náuseas. As mãos ficam suadas e geladas, as pernas dormentes. A boca seca e a garganta apertada. Deixa-se de se raciocinar , existe uma enorme necessidade de fugir sem se saber para onde. O chão parece que desaba aos nossos pés. Com tudo isto pensamos que estamos a enlouquecer.

Passado o tempo crítico,  de tempo invariável (mas que parece uma eternidade),  volta-se gradualmente de novo a normalidade, mas ainda não refeitos do susto (até porque se fica sempre a temer a terrível repetição), mas todo este processo deixa a pessoa prostrada e demasiado cansada.

Depois existe algo que dá uma frustração que em nada ajuda, a sensação de incompreensão é de tal modo que, faz com que se busque o isolamento e se instale a solidão.

Apesar de ser um sofrimento assustador, há tratamentos que o diminuem e até o podem curar em grande parte. Uma das vertentes que podem ajudar é a “base familiar” e depois o acompanhamento clínico. Caso contrario o decréscimo da qualidade de vida é desastroso. De início as pessoas sentem-se apenas desconfortáveis nas suas rotinas diárias mas, podem ir a casos extremos em que raramente conseguem sair de casa ou se tornam incapazes de fazer seja o que for, sem a companhia de alguém que, lhes inspire uma grande dose de confiança.

Por tudo isto que escrevo, baseada na minha experiência e, pelo que li sobre este assunto, no Jornal DESTAK (Fonte) numa entrevista dada pelo Sr. Dr. Nuno Mendes Duarte, que penso ser de grande relevância e utilidade pública - deixo aqui no meu blogue um site e, aconselho todas as pessoas que aos primeiros sintomas ou desconfiança deste tipo de patologia, se recorram do mesmo, para obterem a ajuda necessária e experiente.


Espero com este pequeno e sucinto apontamento, poder contribuir para que algumas pessoas (que padeçam deste mal), se possam sentir menos desacompanhadas. A minha intenção foi essa.

®M.Cabral 

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